TRANSAMAZÔNICA, 50 ANOS, EUFORIA E REALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2024.v10.53855Keywords:
Trans-Amazonian Highway, euphoria, realityAbstract
O impactado da construção da rodovia Transamazônica assim como outras rodovias e usinas hidrelétricas na região veem afetando as territorialidades dos povos tradicionais ribeirinhos, seringueiros, quilombolas, indígenas, dentre outros, impondo-lhes novas configurações territoriais de sobrevivência e manutenção mínima do seu modo de vida, levando-os a levantarem estratégias de sobrevivência para permanecerem nos territórios.
É sobre tais questões que envolvem a relação da sociedade com a natureza na região do traçado da rodovia Transamazônica que trata esse Dossiê Transamazônica, 50 anos, Euforia e Realidade, da Revista Geographia Opportuno Tempore, espacialmente produzido entre 2022 e 2023, no Laboratório de Geografia, Território, Meio Ambiente e Conflito, que se localiza no Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, coordenado pelo Prof. Dr. Nilson Cesar Fraga, a partir dos Grupos de Pesquisas: “Os Sertões da Amazônia nos 50 anos da Rodovia Transamazônica: planejamento territorial, desenvolvimento e representações socioculturais da população que margeia a BR 230”, "Tem sangue na mata" - Percival Farquhar, o empresário devastador do Brasil: Territórios, Redes e Conflitos na Implantação das Estradas de Ferro EFMM-RO e EFSP-RG-PR/SC, e “Geografia Política, Território, Poder e Conflito”, ambos certificados pela Universidade Estadual de Londrina e constantes no Diretório de Grupos de Pesquisa - Plataforma Lattes – CNPq.
Os nove artigos que compõem o Dossiê trazem um diagnóstico da formação socioterritorial dos municípios de Anapú, PA, Humaitá, AM, Jacareacanga, PA, Lábrea, AM, Novo repartimento, PA, Uruará, PA, Rurópolis, PA, Apuí, AM, Marabá, PA e de Carolina, MA, com detalhamento de aspectos socioeconômicos, ocupação pós-Transamazônica, índices de desenvolvimento humano, população e empobrecimento populacional.
Enfim, trata-se de uma contribuição geográfica acerca das condições de vida em algumas cidades transamazônicas, nos 50 anos do início da implantação da rodovia que foi anunciada com ampla euforia pelos capitalistas brasileiros e estrangeiros no início da década de 1970 e, que hoje, meio século depois da sua abertura, convive com uma realidade bem diferente daquela apresentada no seu projeto político-ditatorial, ou seja, as cidades, vilas, localidades etc., que margeiam a rodovia, vivem com baixos índices de desenvolvimento humano, estes apresentados desde o começo da reocupação regional, que nunca conseguiram romper ciclos de rápida opulência, declínio e, mais notadamente, empobrecimento.
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