La transmisión antroponímica de las familias de la nobleza terrateniente de la capitanía de Pernambuco: una perpetuación simbólica (siglos XVI-XVIII)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2025v18n35p162-192

Palabras clave:

Capitanía de Pernambuco, Familia, Nobleza terrateniente, Antroponimia, Reproducción social

Resumen

En este estudio se analizó la transmisión antroponímica de ocho familias de la nobleza terrateniente de la capitanía de Pernambuco para comprender de qué manera la reproducción de los apellidos contribuyó a la supervivencia de estas familias y a la perpetuación de su memoria a lo largo de los siglos XVI y XVIII. Esta investigación dispone de información sobre 497 miembros de ocho familias de la nobleza terrateniente, siendo posible analizar el origen y la frecuencia de los apellidos transmitidos, incidiendo en las lógicas antroponímicas y sus cambios a lo largo de los siglos. La información se obtuvo mediante el cruce de fuentes de diversas naturalezas, como genealogías, y manuscritos de distintos fondos, tales como el Archivo Nacional de la Torre do Tombo (ANTT), el Archivo Histórico Ultramarino (AHU), entre otros. Esta investigación aporta algunos esclarecimientos sobre la práctica de transmisión de apellidos en el período colonial del Brasil, siendo, por lo tanto, relevante para el análisis de las estrategias de perpetuación de familias.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ana Lunara da Silva Morais, Universidade Federal de Campina Grande

Postdoctorada (2022) por el Programa de Posgrado de la Universidad Federal de Rio Grande do Norte (PPGH-UFRN). Doctora por el Programa Interuniversitario de Doctorado en Historia (PIUDHist) de la Universidad de Évora (UÉ), Évora, Portugal (2021). Profesora de la Universidad Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Cajazeiras, Paraíba, Brasil.

Citas

AHU - ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO. Cód. 1821, doc. 6; doc. 10; doc. 11. Lisboa: AHU, [18--].

AHU - ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO. Papéis Avulsos, Pernambuco, Cx. 8, doc. 794. Ant. maio, 11 de 1666, Pernambuco. Lisboa: AHU, [16--].

ALVEAL, Carmen; CURVELO, Arthur; MORAIS, Ana Lunara da Silva. Morgadio. In: CARDOSO, Alan; MOTTA, Márcia; MACHADO, Marina; PESSÔA, Reynaldo (org.). Novo dicionário da terra. Rio de Janeiro: Proprietas, 2023.

AMARAL, Eduardo Tadeu Roque; SEIDE, Márcia Sipavicius. Nomes próprios de pessoa: introdução à antroponímia brasileira. São Paulo: Blucher, 2020.

ANDRADE, Gilberto Osório de; LINS, Rachel Caldas. João Pais, do Cabo: o patriarca, seus filhos, seus engenhos: com estudo genealógico por Silvio Pais Barreto. Recife: Massangana; Fundação Joaquim Nabuco, 1982.

ANTT - ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO. Feitos Findos, Justificação de Nobreza, mç. 25, n.º 33. Autos de justificação de nobreza de Manuel Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Lisboa: ANTT, [1785a].

ANTT - ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO. Registro Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I. Lisboa: ANTT, [1785b]. liv.18, f. 307. Alvará. Foro de Fidalgo Cavaleiro Manuel Cavalcanti de Albuquerque e Lacerda.

ANTT - ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO. RGM: Mercês de D. Pedro II. Lisboa: ANTT, [1692]. livro 5, f. 40v.

ANTT - ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO. Tribunal do Santo Ofício, Processo 12954. Lisboa: ANTT, 1770-1783.

ASSIS, Virgínia Maria Almoêdo de. Palavra de rei: autonomia e subordinação da capitania hereditária de Pernambuco. 2001. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2001. Disponível em: https:// brasilhis.usal.es/pt-br/node/7968. Acesso em: 01/09/2024.

BACELLAR, Carlos de Almeida Prado. Os senhores da terra: família e sistema sucessório de engenho do Oeste paulista, 1765-1855. Campinas: Área de Publicações CMU; Unicamp, 1997. (Coleção Campiniana, 13).

BICALHO, Maria Fernanda. Conquista, mercê e poder local: a nobreza da terra na América portuguesa e a cultura política do Antigo Regime. Almanack Braszliense, São Paulo, n. 2, p. 21-34, nov. 2005. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1808- 8139.v0i2p21-34.

BLOCH, Marc. Noms de personne et histoire sociale. Annales d'Histoire Economique et Sociale, Cambridge, v. 4, n. 13, p. 67-69, jan. 1932. Disponível em: https://www. jstor.org/stable/27572628. Acesso em: 01/09/2024.

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1728. v. 8.

BORGES, Eduardo José Santos. O Antigo Regime no Brasil colonial: elites e poder na Bahia do século 18. São Paulo: Alameda, 2017.

BURGUIÈRE, André. Prénoms et parenté. In: DUPÂQUIER, Jacques; BIDEAU, Alain; DUCREUX, Maria-Elisabeth (org.). Le prenom: mode et histoire. Paris: École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1984. p. 29-35.

BURMESTER, Ana Maria de O. População de Curitiba no século XVIII – 1750- 1800 segundo os registros paroquiais. 1974. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1974.

CAGLE, Hugh. Assembling the tropics: science and medicine in Portugal’s empire, 1450-1700. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.

CARVALHO, Marcus J. M. de. Cavalcantis e cavalgados: a formação das alianças políticas em Pernambuco, 1817-1824. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, n. 36, 1998. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-01881998000200014.

COSTA, Francisco Augusto da. Anais pernambucanos. Recife: FUNDARPE, 1983.

DEMETRIO, Denise Vieira. Senhores governadores: Artur de Sá e Meneses e Martim Correia Vasques: Rio de Janeiro, c. 1697 - c. 1702. 2014. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14686. Acesso em: 01/09/2024.

FONSECA, Antônio José Victoriano Borges da. Nobiliarchia pernambucana. Annaes da Bibliotheca Nacional, Rio de Janeiro, v. 2, n. 48, 1926. Disponível em: https://archive.org/details/nobiliarquia-pernambucana-vol.-2-borges-da-fonseca_202211. Acesso em: 01/09/2024.

FONSECA, Antônio José Victoriano Borges da. Nobiliarchia pernambucana. Annaes da Bibliotheca Nacional, Rio de Janeiro, v. 1, n. 48, 1925. Disponível em: https://archive.org/details/nobiliarchia-pernambucana-vol-1/page/n23/ mode/2up. Acesso em: 01/09/2024.

FRAGOSO, João. Fidalgos e parentes de pretos: notas sobre a nobreza principal da terra do Rio De Janeiro (1600-1750). In: ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de; FRAGOSO, João Luiz Ribeiro; SAMPAIO, Antônio Carlos Jucá de. Conquistadores e negociantes: histórias de elites no Antigo Regime nos trópicos: América lusa, séculos 16 a 18. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

HAMEISTER, Martha. Para dar calor à nova povoação: estudo sobre estratégias sociais e familiares a partir dos registros batismais da vila do Rio Grande (1738- 1763). 2006. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=107310. Acesso em: 01/09/2024.

HESPANHA, António Manuel. A nobreza nos tratados jurídicos dos séculos 16 a 18. Penélope, Lisboa, n. 12, p. 27-42, 1993a. Disponível em: http://dialnet.unirioja. es/servlet/oaiart?codigo=2685792. Acesso em: 01/09/2024.

HESPANHA, António Manuel. Carne de uma só carne: para uma compreensão dos fundamentos histórico-antropológicos da família na época moderna. Análise Social, Lisboa, v. 28, n. 123/124, p. 951-973, dez. 1993b. DOI: https://doi. org/10.31447/AS00032573.1993123.15.

JABOATÃO, Antônio de Santa Maria. Catálogo genealógico das principais famílias que procederam de Albuquerques, e Cavalcantes em Pernambuco, e Caramurús na Bahia. Rio de Janeiro: Typographia, Lithographia e Encadernação a vapor de Lemmert A. C., 1889. t. 52.

KRAUSE, Thiago. A formação de uma nobreza ultramarina: coroa e elites locais na Bahia seiscentista. 2015. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/ sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao. jsf?popup=true&id_trabalho=2700515. Acesso em: 01/09/2024.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Variations des noms et des prénoms au Brésil. In: COLLOQUE DE FLORENCE, 1972, Paris. Anais [...]. Paris: Société de Démographie Historique, 1971. p. 345-353. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/ adh_0066-2062_1972_num_1972_1_2135. Acesso em: 01/09/2024.

MELLO, Evaldo Cabral de. A outra independência: o federalismo pernambucano de 1817 a 1824. São Paulo: Editora 34, 2004.

MELLO, Evaldo Cabral de. Rubro Veio: o imaginário da restauração pernambucana. 2. ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.

MELLO, José Antônio Gonçalves de; ALBUQUERQUE, Cleonir Xavier de (dir.). Cartas de Duarte Coelho a El Rei. 2. ed. Recife: FUNDAJ, 1967.

MONTEIRO, Nuno Gonçalo. Elites locais e mobilidade social em Portugal nos finais do Antigo Regime. Análise Social, Lisboa, v. 32, n. 141, p. 335-368, jun. 1997. DOI: https://doi.org/10.31447/AS00032573.1997141.03.

MONTEIRO, Nuno Gonçalo. Os nomes de família em Portugal: uma breve perspectiva histórica. Revista Etnográfica, Lisboa, v. 12, n. 1, p. 45-58, jun. 2008. DOI: https://doi.org/10.4000/etnografica.1599.

MORAIS, Ana Lunara da Silva. Em busca da perpetuação: reprodução social e poder econômico da nobreza da terra nas Capitanias do Norte, séculos XVI-XVIII. 2021. Tese (Doutorado em História) - Universidade de Évora, Évora, 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/10174/29756. Acesso em: 01/09/2024.

OLIVEIRA, Luiz da Silva Pereira. Privilégios da nobreza e fidalguia de Portugal. 2. ed. Lisboa: Textype, 2002.

OLIVEIRA, Victor Luiz Alvares. Retratos de Família: sucessão, terras e ilegitimidade entre a nobreza da terra de Jacarepaguá, séculos XVI-XVIII. 2014. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/ coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_ trabalho=1350237. Acesso em: 01/09/2024.

RAMINELLI, Ronald. Justificando nobrezas: velhas e novas elites coloniais 1750- 1807. História, São Paulo, v. 35, p. 1-26, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1980- 436920160000000097.

RAMINELLI, Ronald. Nobrezas do novo mundo: Brasil e ultramar hispânico, séculos 17 e 18. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2015.

ROWLAND, Robert. Práticas de nomeação em Portugal durante a época moderna: ensaio de aproximação. Revista Etnográfica, Lisboa, v. 12, n. 1, p. 17-43, jun. 2008. DOI: https://doi.org/10.4000/etnografica.1590.

SEABRA, Maria Candida Trindade Costa de; ISQUERDO, Aparecida Negri. A onomástica em diferentes perspectivas: resultados de pesquisas. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 26, n. 3, p. 993-1000, jun. 2018. DOI: https://doi.org/10.17851/2237-2083.26.3.993-1000.

SILVA, António Moraes. Diccionario da lingua portuguesa: recompilado dos vocabularios impressos ate agora, e nesta segunda edição novamente emendado e muito acrescentado, por António de Moraes Silva. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813.

SORIA MESA, Enrique. En los límites de la herencia inmaterial: la usurpación de apellidos en la España moderna como estrategia de ascenso social. In: FORTEA PÉREZ, José Ignacio; GELABERT, Juan E.; LÓPEZ VELA, Roberto; CASTELLANOS, Elena Postigo (coord.). Monarquías en conflicto: linajes y noblezas en la articulación de la monarquía hispánica. Madrid: Fundación Española de Historia Moderna; Universidad de Cantabria, 2010.

SOUZA, George Félix Cabral de. Elites e exercício de poder no Brasil colonial: a câmara municipal do Recife, 1710-1822. Recife: Editora da UFPE, 2015.

SOUZA, Laura de Mello e. O sol e a sombra: política e administração na América portuguesa do século 18. São Paulo: Companhia das letras, 2006.

VASCONCELLOS, José Leite de. Antroponímia portuguesa: tratado comparativo da origem, significação, classificação e vida do conjunto dos nomes próprios, sobrenomes, e apelidos, usados por nós desde a Idade-Média até hoje. Lisboa: Imprensa Nacional, 1928.

WILSON, Stephen. The means of naming: a social and cultural history of personal naming in Western Europe. Londres: UCL Press, 1998.

Publicado

2025-07-30

Cómo citar

MORAIS, Ana Lunara da Silva. La transmisión antroponímica de las familias de la nobleza terrateniente de la capitanía de Pernambuco: una perpetuación simbólica (siglos XVI-XVIII). Antíteses, [S. l.], v. 18, n. 35, p. 162–192, 2025. DOI: 10.5433/1984-3356.2025v18n35p162-192. Disponível em: https://www.ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/51781. Acesso em: 16 dic. 2025.

Número

Sección

Artigos