Produtividade após poda drástica do cafeeiro fertirrigado submetido à diferentes doses de macronutrientes
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2024v45n1p23Palavras-chave:
Coffea arabica L, Macronutrientes, Nutrição mineral.Resumo
O cultivo do cafeeiro tem grande importância no cenário nacional e internacional, sendo o Brasil o maior produtor e exportador mundial dessa commodity. Um dos fatores primordiais para o alcance de altas produtividades é o fornecimento adequado de nutrientes, principalmente após uma poda drástica. Objetivou-se estabelecer recomendação de adubação para o cafeeiro fertirrigado, após poda do tipo recepa, por meio de variáveis reprodutivas, além de avaliar as alterações na anatomia e fisiologia das plantas adubadas em diferentes níveis de N, P e K. O experimento foi realizado em Lavras - MG, no Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A lavoura foi implantada em março de 2010 e conduzida com diferentes níveis de adubação (fertirrigação). As mudas utilizadas foram da cultivar Topázio MG-1190. O experimento contou com 5 níveis de adubação (10%, 70%, 100%, 130% e 160%) da adubação padrão recomendada para cafeicultura de sequeiro. Em 2015, as plantas foram submetidas à poda do tipo “recepa baixa, sem pulmão”, e avaliadas quanto à morfologia, fisiologia e anatomia (2019/2020). O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso em esquema fatorial com parcelas subdivididas no tempo, com três repetições, sendo um fatorial 5x2 (cinco níveis de adubação e duas colheitas). De acordo com os resultados obtidos é permitdo conclir que maiores produtividades após recepa, são alcançadas com pelo menos 100% da adubação padrão de produção, com produtividade de até 93,05 sacas/ha, são necessários pelo menos 54,0 g/planta de N (450 kg/ha de N); 4,0 g/planta de P2O5 (33,3 kg/ha de P2O5); e 20,0 g/Planta de K2O (166,7 kg/ha de K2O) e plantas com a nutrição equilibrada, ou seja, com a dose recomendada apresentam maior relação entre o diâmetro polar e equatorial dos estômatos, fato esse que pode otimizar as trocas gasosas das folhas do cafeeiro.
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